quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Antibiótico é controlado pela Anvisa

18/11/2010

A partir do dia 28 de novembro as farmácias básicas do município só irão liberar antibióticos mediante a receita de Controle Especial. Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, a 1ª via será retida no estabelecimento farmacêutico e a 2ª via devolvida ao paciente, com carimbo para comprovar o atendimento. As medidas foram estabelecidas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
O objetivo da Anvisa é ampliar o controle sobre essas substâncias, principalmente após o aumento do número de contaminações pela superbactéria Klebsiella pneumoniae carbapenemase (KPC), no país. Giuliano Cesar Silveira, referência técnica da assistência farmacêutica da Secretária de Saúde, afirma que a receita tem que estar legível e sem rasura.

“Tem que conter todos os dados e informações, todas as farmácias básicas da rede vão receber o comunicado, que começa a valer a partir do dia 28 deste mês. O modelo da receita será de Controle Especial, o mesmo utilizado para medicamentos controlados”, ressalta.
A resolução da Anvisa definiu também novo prazo de validade para as receitas, que passa a ser de apenas dez dias, em função dos mecanismos de ação dos antimicrobianos.

Fonte: http://www.jmonline.com.br/novo/?noticias,2,CIDADE,37269

Pessoalmente, acho uma medida descabida controlar dessa maneira o uso de antibióticos no Brasil.
Mas por que, Personal Farmacêutico?
Imagine as pessoas que moram nos confins do Brasil e não tem acesso a médico, remédio, nada.
Mas e os Postos de Saúde?
Quem disse que Posto de Saúde tem médico e medicamentos suficientes para cobrir a demanda necessária no Brasil todo? É difícil o município brasileiro que não deixe faltar medicamento no Posto de Saúde. E quando tem remédio, não tem médico para prescrever uma receita.
Continuando, essas pessoas vão na farmácia depois do trabalho, levam o seu filho pro farmacêutico olhar. A garganta está com placas de pus e o menino está ardendo em febre. Não precisa ser médico pra saber qual o tratamento correto. Mas infelizmente, ele vai ter que esperar o médico ou o medicamento do posto de saúde. Quero ver quando começar a morrer gente no Brasil por causa de uma dor de garganta... Voltamos ao Brasil Colônia...
Sem contar, que várias farmácias de lugares pequenos, que ficavam aberto até mais tarde (22h), não vão mais ficar, pois não vai valer a pena. O povo que já não tinha acesso a médico, nem medicamento do posto de saúde, não vai mais ter acesso a farmácia na hora que precisar também.
Sem falar nos hospitais públicos, que vão ficar cada vez mais lotados e sem leitos...
Não precisava tudo isso. Bastava educar mais as pessoas. Educar o farmacêutico, o proprietário de farmácia e o balconista sobre o uso correto de antibióticos. Educar os laboratórios farmacêuticos a produzirem e venderem apresentações com o número correto de comprimidos necessários a um tratamento completo de antibioticoterapia. Educar o povo sobre o uso correto dos medicamentos e suas consequências. Mas educar também custa investimento do governo. Porém é um investimento que tem um retorno garantido. Essa é a minha opinião. Deixe a sua também... 
Obrigado e um grande abraço do seu Personal Farmacêutico... 

6 comentários:

  1. Rio-RJ-20.11.2010 SAUDE É OBRIGAÇÃO DO ESTADO E DIREITO DE TODOS. População deveria ter acesso rápido e gratuito a médicos e medicamentos, entretanto, enquanto isso não ocorre, deveria a ANVISA orientar a população quanto ao uso correto dos antibióticos utilizando-se da rede de farmácias e drogarias que possuem farmaceuticos autorizados.
    A verdade é que a superbactéria vai continuar matando por aí, mesmo porque, nem foi devidamente estudada. Sabe-se que frequenta ambientes sem limpeza adequada e sem higiene,
    tais como a maioria de nossos hospitais.
    Vai ter gende morrendo por falta de acesso aos
    antibióticos assim como ocorre em alguns países africanos e algumas aldeias indígenas.
    Resta saber se responsáveis pela medida restritiva inadequada serão processados criminalmente ou serão transferidos para outra repartição, quando for constatado o êrro.
    Roberto

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  2. Valeu, Roberto. Obrigado pela sua opinião.
    Abs, Richard.

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  3. Esta medida visa também selecionar(beneficiar) as grandes redes de farmácias, uma vez que, as farmácias pequenas, geralmente de farmacêuticos formados que sobrevivem da orientação farmacêtica, vão ser prejudicadas. Como foi dito neste comentário anterior, a população carente naõ tem condiçoes de pagar uma consulta particular, e as filas do SUS, vao ficar ainda mais cheias. A função do farmacêutico formado perdeu mais uma vez o sentido. Para que ter conhecimento farmacolôgico? Para aviar apenas o medicamento? A nossa contribuição na saúde pública ficou mais restrita. Os pacientes vão continuar tomando antibiotico sem conhecimento. Vão agora pegar nas farmácias do SUS e tomar uns três dias e suspender o tratamento. O que falta é orientar o povo e naõ proibir a venda.

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  4. obrigado pelo seu comentário... se puder, vote na enquete tb... vlw...

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  5. Discordo plenamente.Só o médico está autorizado a diagnosticar e a prescrever medicamentos.
    Não é tão simples assim,principalmente em relação aos antibióticos.

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  6. Valeu, José Carlos...
    obrigado pelo seu comentário...

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